Oluwatosin Tolulope Ajidahun explica que as doenças renais crônicas (DRC) são condições progressivas que afetam a capacidade dos rins de filtrar o sangue e manter o equilíbrio interno do organismo. Embora sejam mais conhecidas por seus impactos sobre a saúde cardiovascular e o metabolismo, elas também exercem influência direta na fertilidade de homens e mulheres. Alterações hormonais, acúmulo de toxinas e desequilíbrios metabólicos podem prejudicar a ovulação, a produção de espermatozoides e a manutenção de uma gestação saudável.
Relação entre os rins e o sistema reprodutivo
Os rins desempenham funções essenciais, como regular a pressão arterial, controlar o equilíbrio de eletrólitos e estimular a produção de hormônios. Entre esses hormônios está a eritropoetina, responsável pela produção de glóbulos vermelhos, e a renina, que participa do controle da pressão arterial. Ademais, os rins estão envolvidos no metabolismo de hormônios sexuais, influenciando o funcionamento dos ovários e testículos.
De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, quando a função renal é comprometida, ocorrem alterações hormonais que afetam o ciclo menstrual, reduzem a produção de testosterona e alteram a qualidade dos gametas. O acúmulo de substâncias tóxicas no sangue, como ureia e creatinina, também interfere no metabolismo celular e pode criar um ambiente desfavorável para a concepção.

Efeitos da DRC na fertilidade feminina
Nas mulheres, a DRC está associada a irregularidades menstruais, amenorreia (ausência de menstruação) e anovulação, dificultando a liberação do óvulo. A pressão arterial elevada, comum em pacientes renais, prejudica a irrigação dos órgãos reprodutivos e a receptividade do endométrio, o que reduz as chances de implantação embrionária. Além disso, mulheres com insuficiência renal crônica apresentam maior risco de complicações na gestação, como pré-eclâmpsia, parto prematuro e restrição de crescimento fetal.
Tosyn Lopes ressalta que, mesmo quando a ovulação ocorre, a qualidade dos óvulos pode ser afetada pelo desequilíbrio metabólico. Esse quadro exige acompanhamento pré-concepcional cuidadoso, incluindo controle rigoroso da pressão arterial e avaliação da função renal antes de iniciar a tentativa de gravidez.
Efeitos da DRC na fertilidade masculina
Nos homens, a DRC pode reduzir a produção de testosterona, afetando a libido e a função erétil. A contagem e a motilidade dos espermatozoides também podem ser comprometidas, muitas vezes devido ao aumento do estresse oxidativo e à inflamação crônica presente na doença renal. Alterações na morfologia dos gametas e danos no DNA espermático são mais comuns nesses pacientes, reduzindo a taxa de fecundação e aumentando o risco de abortos precoces.
Segundo Tosyn Lopes, o impacto da DRC na fertilidade masculina não se limita ao aspecto biológico. O cansaço, a fraqueza e as alterações emocionais associadas à doença também podem reduzir a frequência das relações sexuais, diminuindo as chances de concepção natural.
Tratamentos e preservação da fertilidade
O tratamento da DRC envolve desde mudanças no estilo de vida até procedimentos como diálise e transplante renal. Embora a diálise ajude a controlar sintomas e prolongar a vida, ela não restaura completamente a função reprodutiva. Já o transplante renal, quando bem-sucedido, pode melhorar significativamente os níveis hormonais e a saúde geral, aumentando as chances de gravidez.
Oluwatosin Tolulope Ajidahun reforça que pacientes com doença renal crônica devem discutir estratégias de preservação da fertilidade assim que recebem o diagnóstico. O congelamento de óvulos, espermatozoides ou embriões pode ser uma alternativa para garantir a possibilidade de ter filhos no futuro, especialmente em casos de progressão rápida da doença.
Prevenção e cuidados contínuos
Prevenir ou retardar a progressão da DRC é fundamental para preservar a fertilidade. Isso inclui manter uma alimentação balanceada, controlar o consumo de sal, praticar exercícios regularmente e evitar o uso indiscriminado de medicamentos que possam agredir os rins. O controle rigoroso de doenças como diabetes e hipertensão também é essencial, já que são as principais causas de insuficiência renal crônica.
Tosyn Lopes frisa que a avaliação periódica da função renal, por meio de exames de sangue e urina, deve fazer parte do cuidado preventivo de quem deseja ter filhos. Quanto mais cedo forem detectadas alterações, maiores serão as chances de intervenção eficaz, minimizando o impacto da doença sobre a capacidade reprodutiva.
Autor: Monny steven
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