Negociar a compra de um imóvel diretamente com o proprietário pode parecer, à primeira vista, uma forma mais econômica de fechar negócio. Fernando Bruno Crestani, especialista, enfatiza que essa alternativa tem atraído compradores que desejam evitar custos com comissão e ter mais liberdade nas tratativas. No entanto, nem sempre essa economia se concretiza e, em alguns casos, o corretor pode até agregar valor à operação.
A decisão entre comprar direto com o dono ou contar com um corretor depende de diversos fatores. Cada caminho apresenta vantagens e riscos que precisam ser bem avaliados para garantir uma negociação segura, transparente e financeiramente vantajosa.
Vantagens e riscos de negociar a compra de um imóvel direto com o dono
Comprar diretamente com o dono pode, de fato, reduzir os custos da transação. Como não há comissão envolvida, o valor final pode ser mais acessível para o comprador. De acordo com Fernando Bruno Crestani, essa alternativa costuma atrair perfis mais experientes ou que já conhecem o processo de compra imobiliária.
No entanto, essa opção exige do comprador maior atenção aos aspectos legais, técnicos e burocráticos. É necessário conferir toda a documentação, avaliar a regularidade do imóvel, negociar cláusulas contratuais e, muitas vezes, lidar com questões emocionais envolvidas na venda por parte do proprietário.
A ausência de intermediação profissional pode gerar impasses ou até problemas posteriores, principalmente quando não há apoio jurídico especializado. Sem o corretor, o comprador assume responsabilidades que exigem conhecimento e segurança para evitar prejuízos.
Quando o corretor agrega valor à negociação
Conforme Fernando Bruno Crestani, o papel do corretor vai além de apenas apresentar imóveis. Um bom profissional oferece curadoria de oportunidades, assessoria na negociação, apoio técnico e conhecimento sobre o mercado local. Em muitos casos, ele é o elo que equilibra as expectativas entre vendedor e comprador.
O corretor também facilita o acesso à documentação, orienta sobre financiamentos, garante maior transparência no processo e reduz o risco de surpresas desagradáveis. Em transações mais complexas como imóveis com inventário, pendências fiscais ou estrutura societária, a atuação do corretor é quase indispensável. Portanto, embora envolva um custo, a intermediação profissional pode representar uma economia indireta ao evitar erros, retrabalho e disputas judiciais.

Quando a comissão pesa e encarece a operação
Apesar dos benefícios, há situações em que a comissão do corretor pode, de fato, representar um custo elevado, especialmente em imóveis de alto valor. Segundo Fernando Bruno Crestani, isso ocorre principalmente quando o imóvel já está sobrevalorizado ou quando há mais de um intermediador envolvido.
Nesses casos, o comprador deve avaliar se a participação do corretor está agregando real valor à transação ou apenas inflando o preço. Em alguns cenários, é possível negociar a redução da comissão com base no tipo de serviço prestado, especialmente quando o cliente já encontrou o imóvel desejado por conta própria.
É importante lembrar que a remuneração do corretor é regulada e deve ser compatível com a prática de mercado. Exigir transparência sobre o valor da comissão e como ela será dividida entre os envolvidos é uma forma de proteger os próprios interesses.
Como decidir a melhor forma de comprar: direto ou com corretor?
A escolha entre negociar diretamente com o proprietário ou contar com um corretor deve considerar o perfil do comprador, o tipo de imóvel, o grau de complexidade da operação e o conhecimento prévio do mercado. De acordo com Fernando Bruno Crestani, compradores que já conhecem o processo de aquisição, contam com assessoria jurídica e têm experiência prévia podem optar pela compra direta com mais segurança.
Por outro lado, quem busca agilidade, segurança jurídica, acesso a imóveis filtrados e apoio especializado tende a se beneficiar com a intermediação de um corretor confiável. A chave está em identificar se o profissional está de fato agregando valor e contribuindo para a transparência e sucesso do negócio. Independentemente da escolha, o mais importante é garantir que todas as etapas da transação sejam conduzidas com responsabilidade, com atenção especial à análise documental, regularização do imóvel e segurança contratual.
A decisão deve ser estratégica e bem informada
Conforme explica o especialista Fernando Bruno Crestani, a decisão de negociar diretamente com o dono ou com o apoio de um corretor deve ser feita com base em critérios técnicos e estratégicos. A aparente economia de evitar a comissão pode se tornar um prejuízo maior se a operação não for conduzida com o devido cuidado. Avaliar a complexidade do imóvel, o nível de experiência do comprador e o tipo de apoio necessário é fundamental para escolher o melhor caminho.
Autor: Monny Steven